Obrigado, Papa Francisco
Com profunda gratidão e tristeza, a rede Cáritas junta-se à comunidade católica global no luto pela morte de Sua Santidade o Papa Francisco. Foi um farol de compaixão, justiça e compromisso inabalável com a dignidade de cada ser humano.
Ao longo do seu pontificado, o Papa Francisco foi um defensor extraordinário dos mais pobres e vulneráveis da sociedade, lembrando ao mundo que “a opção pelos últimos, pelos descartados pela sociedade” está no centro da missão da Igreja. A sua liderança inspirou a Confederação Caritas a servir com mais amor, humildade e dedicação na nossa missão de promover o desenvolvimento humano integral e a solidariedade.
“O Papa Francisco trouxe os Pobres para o centro da Igreja. A Cáritas vive, assim, um dia de tristeza e de saudade, mas também de esperança. Vivemos a esperança como dom e como tarefa. Esperança de que a Igreja possa viver cada vez mais de acordo com o Evangelho. Esperança de que o cuidado pelos mais frágeis seja a dimensão constitutiva do mundo fraterno a que aspiramos” Pe. José Manuel Pereira de Almeida, assistente eclesial da Cáritas Portuguesa
O compromisso do Papa Francisco com os pobres foi demonstrado através do seu apoio firme ao trabalho da Cáritas. Em 2013, mobilizou apoio para a campanha global contra a fome, “Uma Só Família Humana, Alimento para Todos” declarando: “O escândalo de milhões de pessoas a sofrer de fome não nos pode paralisar, mas sim levar cada um de nós a agir: indivíduos, famílias, comunidades, instituições, governos, para eliminar esta injustiça… Convido-vos a fazer espaço no vosso coração para esta emergência de respeitar os direitos dados por Deus a todos para terem acesso a uma alimentação adequada [e a] tornarmo-nos mais conscientes nas nossas escolhas alimentares, que muitas vezes levam ao desperdício e ao uso ineficiente dos recursos disponíveis.” O seu apoio continuou com a campanha Partilhar a Viagem em 2017 e mais recentemente com a campanha Jubileu: Transformar a Dívida em Esperança.
O Papa Francisco afirmou consistentemente a missão da Cáritas, dizendo: “A Cáritas não é apenas uma organização, é um modo de viver: estar próximo dos outros, estar próximo dos que sofrem.” As suas palavras continuam a inspirar a Cáritas a acompanhar os mais necessitados com empatia e compaixão. Ao dirigir-se aos líderes da Cáritas em 2013, descreveu a sua missão como “a carícia da Igreja para o seu povo, a carícia da Mãe Igreja para os seus filhos, a sua ternura e proximidade.” Na Assembleia Geral de 2015, recordou que, “Quem vive a missão da Cáritas não é um simples trabalhador, mas sim uma testemunha de Cristo. Uma pessoa que procura Cristo e se deixa encontrar por Ele.”
Damos graças pela sua voz profética em defesa da paz, da justiça social e do cuidado com a nossa casa comum. O seu legado continuará a guiar-nos e a fortalecer-nos à medida que acompanhamos comunidades afetadas pela pobreza, conflito e desigualdade.