Fundo Lusófono Laudato Si
O Fundo Lusófono Laudato Si surgiu em 2022, fruto da vontade de contribuir para o cuidado da Casa Comum, como pedido pelo Papa Francisco na sua encíclica Laudato Si. Assim, com valor angariado com a campanha 10 Milhões de Estrelas- Um gesto pela paz, anualmente tem-nos sido possível apoiar microprojectos nos países lusófonos. Estes projetos atuam sob o chapéu da ecologia integral, procurando respostas ambientalmente sustentáveis e responsáveis para as dificuldades das suas comunidades.
De momento, está a decorrer a terceira edição, que se iniciou em janeiro do presente ano. São financiados 5 projetos em 5 países diferentes, com um valor de 13.000€ cada. Os projetos atualmente apoiados são os seguintes:
Angola: O “Projeto Agricultura Integral Mulher Resiliente (PAIMRe)” atua na área da agricultura ecológica e do fortalecimento e empoderamento da mulher rural. No Huambo, onde decorre o projeto, 10 mulheres receberam já capacitação sobre liderança e gestão de cooperativas agrícolas. As famílias têm estado também a trabalhar nos seus cultivos, lançando sementes frutíferas, feijão e outras hortícolas. Estão também a construir um reservatório para irrigação.
Cabo Verde: O projeto “Melhoria da dieta alimentar das crianças que frequentam a escola de Queimada Guincho” visa promover a segurança alimentar e nutricional das crianças desta escola, na Ilha do Fogo, através de acesso a água e dieta alimentar variada, e ainda sensibilizar para a proteção do meio ambiente. Para tal, estão a construir uma horta escolar e um reservatório de água para irrigação da mesma.
Guiné-Bissau: O projeto “Melhoria da dieta alimentar dos pacientes” tem também como objetivo a criação de uma horta para melhoria alimentar, mas dos pacientes do um hospital, o hospital Catarina Troiani, na região do Oio. Estão então a produzir frutas e legumes, e a instalar painéis solares para sistema de irrigação gota-a-gota.
Moçambique: O projeto “Fortalecimento da cadeira alimentar agrícola na cidade de Maputo: distrito de Kamahota” atua também na área agrícola, procurando melhorar a segurança alimentar e nutricional das comunidades vulneráveis. Produtores agrícolas foram escolhidos com base nas suas práticas ecológicas, e receberam capacitação para reforçarem os conhecimentos das mesmas. Colhidos os produtos, serão comprados pela Caritas, para que possam oferecer às famílias beneficiárias para venderem junto das suas casas e terem rendimento para suprimir as suas necessidades. Na sua deslocação a Moçambique, a Cáritas Portuguesa teve oportunidade de visitar este projeto, verificando que as famílias se encontram motivadas e expectantes.
São Tomé: o projeto “Horta de apoio aos mais velhos e crianças” tem também como objetivo garantir a segurança alimentar e melhorar a nutrição dos idosos e crianças em situação de vulnerabilidade. Estão a plantar produtos variados, como bananeiras e limoeiros, e ainda feijão, couve, cebola, pepino e beringela.
A Cáritas Portuguesa acredita que estes projetos, assim como os das edições passadas, terão um impacto duradouro nas suas comunidades.
Para reforçar a capacidade dos parceiros locais para implementação dos projetos, foi organizado um workshop, facilitado por parceiros também já beneficiários, para partilharem as boas práticas no que concerne a boa execução das atividades e a gestão financeira.