Beira, Chimoio e Quelimane na resposta da Cáritas
Beira, Chimoio e Quelimane
Com um orçamento de 730 mil euros, a Cáritas definiu já a sua estratégia de ação para a rede internacional, onde está incluída a Cáritas Portuguesa, até junho de 2019, nas Dioceses da Beira (Sofala), Chimoio (Manica) e Quelimane (Zambezia). Esta resposta prevê um apoio direto a 27 500 pessoas.
Desde que o Ciclone Idai assolou a região central de Moçambique que a Cáritas está no terreno. Através da Cáritas Moçambicana toda a família Cáritas se mobilizou para prestar um apoio de emergência capaz de responder à gravidade e à devastação provocada.
Depois de uma primeira resposta chamada de “resposta rápida de emergência” a Caritas Internationalis, que coordena todas as operações no terreno em parceria com a Cáritas Moçambicana, avançou para o passo seguinte no protocolo de resposta de emergência da Confederação, o chamado “apelo de emergência” (EA–Emergency Appeal).
Ação da rede internacional Cáritas
A Cáritas Moçambicana está a trabalhar no terreno com o apoio do CRS – Cáritas Estados Unidos da América, da Cáritas Inglaterra (CAFOD), com a coordenação da Caritas Internationalis. De várias formas toda a família Cáritas se tem envolvido numa resposta que tem sido tão grande como o drama vivido pela população. Várias Cáritas nacionais têm disponibilizado os seus meios e o apoio financeiro que permite uma resposta rápida e direta.
A resposta da Cáritas Portuguesa
A Cáritas Portuguesa já respondeu a este apelo de emergência, ativando de imediato o seu Fundo de Emergências Internacionais e, através da campanha “Cáritas Ajuda Moçambique”. Este primeiro apoio abrangeu um conjunto de 4 mil agregados familiares. Desta campanha foi já disponibilizada para a Cáritas Moçambicana a verba de 86.335,43€.
Ação Cáritas em Moçambique
Para além dos elementos de coordenação, a Cáritas tem em Moçambique um conjunto de 20 pessoas que estão a dar apoio à população. Já entregou kits alimentares a 2 220 famílias e as entregas vão continuar nos próximos dias.
O acesso a algumas das zonas afetadas, para além da Beira, continua a ser muito limitado, apesar das comunicações estarem a ser repostas. Alimentação, água, artigos de higiene, redes mosquiteiras, equipamentos de cozinha e de abrigo. Estas são as principais necessidades às quais a Cáritas procura dar resposta.
Atualidade em Moçambique
De acordo com o último boletim do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades de Moçambique (INGC), de 2 de abril, 598 pessoas morreram e cerca de um milhão de pessoas foram afetadas. Perto de 80 mil casas destruídas (total e parcialmente), inúmeras infraestruturas, bem como a perca de meios de vida. Nos 136 centros de acolhimento temporário estão 131 mil pessoas. São muitos os sinais de perigos para os tempos que se avizinham, nomeadamente, no que à saúde diz respeito com alguns casos de cólera já sinalizados.